segunda-feira, 30 de março de 2009

Fiat Lux

Alba - Gil Freitas


E
De
Que luz
Era constituido sua
Essencia de corpo e espaço
Que luz inefavel desprendia-lhe da face em esplendor
Antes que a aurora primeva lançasse aureas melenas sobre o manto da noite com dedos roseos
Antes que a superficie informe das aguas fossem toda a certeza dessa mesma noite e desse mesmo
Silêncio em suspense soturno

sexta-feira, 20 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

O homem contemporâneo

Alexandre ensaia seu suicidio no crepúsculo vespertino - Devarnier


vejo-o
sim
vejo-o perdido
e quem sou
para inquerir-lhe sobre isso
A natureza de suas investigações superficiais pueris plenas de estupefação hebefrênica
do seu joguinho de contos de fadas de uma civilidade idealizada no lúdico de uma terapia de grupo
tempo demais ingerindo seus paraisos suas tranquilidades artificiais que em nada confortam na manhã fria


o
medo
respira-o e sorve
medo de tudo, medo da vida
medo das crises financeiras mundiais quebrando
quebrando como ondas de tempos em tempos , ressacas terriveis na manhã
não lembra de nada porque de nada sabe, nada sabe das minusculas particulas que se manisfestam
que se manisfestam de geração a geração até formar aglomerados estelares voluteando em torno de um supermassivo corpo cosmico de uma infinita e ainda inimaginável beleza


a
guerra
sim, guerra
a boa e velha guerra
de todo o santo dia e noite
arrebata-lhe, torna-lhe os movimentos involuntários
os pensamentos se os tem são lampejos de desejos de instinto basico
desconhece a dança que sobre suas cabeças vertiginosa se desenrola desfigurando a face dos mundos
as galaxias colidindo em espledourosa gloria destrutiva as presas de Shiva dilacerando o corpo plastico do cosmo transmutando isso naquilo e aquilo no além inimaginavel,
mas como os suinos avistam o céu sua magnificiencia de exuberante azul apenas para lamentar a existência que lhes escapa por entre os dedos em grunhidos inauditos de esgar.

O homem contemporaneo - Gil Freitas

quinta-feira, 5 de março de 2009

Para ser um sincrético


Veja sempre o universal das coisas, não buscando as diferenças, mas as similitudes.
- O homem é síntese : Síntese de processos fisico-quimicos-biologicos-psiquico-espirituais , todo o tempo agrega, gestos, frases, fragrâncias, lembranças que mistura e molda a seus sonhos em formas, cores, palácios, microchips, leis, lixo, bombas atômicas, obras de artes. Constrói pirâmides por não ter grandes montanhas no deserto; sonha, visualizando na mente, e materializa, vivenciando a experiência que lhe adiciona, não como um monstro de frankenstein, mas como um microcosmo em eterna expansão.

O que menos importa é o estilo e sim a estética (a busca pela perfeição, o belo).
- O homem a todo instante, por necessidade, sincretiza o mundo para apreendê-lo, a todo instante mescla técnicas aparentemente díspares. É um imperativo resolver o mundo e representá-lo, é preciso uma conclusão.

Arte é expressão, comunique.
- O homem na sua busca da arte, no domínio de sua expressão como um microcosmo, precisa comunicar suas descobertas de um absoluto, de um infinito, algo relevante que permaneça definitivo; a unidade do todo numa síntese onde se resolve a si mesmo como parte ligada ao todo e a todos os outros homens que em essência compartilham de um mesmo saber universal

Não estabelecer padronização, cada obra é única, como todo individuo.
* - O homem é prepotência, pura vontade de potência, sua suposição de um vir a ser lhe oprime como a possibilidade de espaços abertos. O desconhecido, o quer por inteiro revelado, classificado e quantificado para catalogação e posterior uso, porque tem medo das garras terríveis do imponderável, do não classificado, da obra em aberto, tudo tem de haver inicio e termo para manipulando, combinando, esse jogo de dados, justificar este ou aquele ato e sua necessidade de algo em vista ou à mão ou talvez o instinto animal de poder e sexo ( guio a matilha, sou o mais forte dos machos e acasalo com todas as fêmeas primeiro...)

Trave conhecimento do caminho de todas as artes (como diria Myamoto Musashi)

Mergulhe, nunca se contente em flutuar apenas.

Seja você!!